Hytalo Santos vira alvo de ação do MPT por tráfico de pessoas e exploração de jovens

Ação civil pública ainda pede bloqueio de R$ 20 milhões do influenciador.

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O influenciador Hytalo Santos está no centro de um grave escândalo após ser alvo de uma denúncia do Ministério Público do Trabalho (MPT). A instituição moveu uma ação civil pública contra o criador de conteúdo, acusando-o formalmente de práticas criminosas que incluem tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e trabalho análogo à escravidão.

Segundo Karol Gomes e Luiz Henrique Oliveira, do portal Leo Dias, a denúncia, que abalou o meio digital, foi apresentada à Justiça do Trabalho da 13ª Região, na Paraíba. Além das acusações criminais, o MPT solicitou uma medida drástica: o bloqueio imediato de bens de Hytalo Santos no valor de R$ 20 milhões.

As investigações do MPT revelaram um esquema complexo em torno dos chamados “desafios” e “seleções” promovidos por Hytalo Santos em suas redes sociais. O Ministério Público afirma que o influenciador atraía jovens, muitas vezes em situação de vulnerabilidade social, sob falsas promessas de fama e dinheiro.

MPT alega em processo que Hytalo Santos explorava os jovens que moravam com ele

O MPT detalha na ação que os jovens eram submetidos a condições degradantes e jornadas exaustivas, configurando trabalho escravo. Havia exploração sexual dos participantes em troca de benefícios, caracterizando o crime de tráfico de pessoas para exploração sexual, e o influenciador utilizava a vulnerabilidade dos participantes para exercer controle total sobre suas vidas e imagem.

Bloqueio de R$ 20 milhões será usado para futuras indenizações e pagamentos de multas

Além disso, o valor de R$ 20 milhões solicitado para bloqueio seria referente a indenizações por danos morais coletivos e individuais causados às vítimas, além de garantir o pagamento de possíveis multas. A denúncia do MPT marca uma escalada na gravidade das acusações contra Hytalo Santos e coloca o caso sob escrutínio da Justiça do Trabalho, que agora analisará o pedido de bloqueio de bens e as ações civis.