O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) defendeu o cumprimento de pena em regime domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro e para o general Augusto Heleno. O ex-vice-presidente argumentou que a saúde de ambos está debilitada, o que justificaria a concessão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mourão fez esta declaração durante uma entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo. Em sua análise, citou o general Heleno, destacando que ele tem problemas de saúde há algum tempo. O senador mencionou as tensões da vida militar e de momentos subsequentes como fatores que causaram sequelas no general de 78 anos.
O ex-vice-presidente afirmou que a necessidade de prisão domiciliar foi apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, abrangendo tanto Heleno quanto Bolsonaro. Hamilton Mourão estendeu a preocupação ao ex-presidente, descrevendo-o como alguém que vive no limite.
Condição de saúde mencionada
Durante a entrevista, Mourão declarou: “O Bolsonaro é aquele cara que anda no fio da navalha, pode morrer de um dia pro outro”. A defesa do ex-presidente tem usado sua condição médica como argumento principal para solicitar benefícios prisionais.
A saúde de Jair Bolsonaro tem sido um ponto recorrente nas declarações de seus aliados ao longo dos últimos meses. Na sexta-feira (12), a defesa do ex-presidente protocolou um pedido para que ele possa realizar uma cirurgia necessária. Os advogados sustentam que o estado de saúde de Bolsonaro exige cuidados contínuos, os quais seriam incompatíveis com o regime prisional comum.
Defesa pede prisão domiciliar para Bolsonaro
A defesa reforçou, junto ao pedido de cirurgia, a solicitação pela concessão da prisão domiciliar para o ex-presidente. A argumentação visa garantir que Bolsonaro tenha o acompanhamento médico adequado fora das dependências prisionais. A condição de saúde do ex-presidente decorre principalmente das complicações após a facada que sofreu em 2018.
O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a realização de exames médicos no ex-presidente, após o pedido da defesa. Essa autorização foi concedida no sábado (13/12), visando verificar a real necessidade da cirurgia pleiteada pelos advogados. Os exames deverão ser realizados nas dependências da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
