A Polícia Civil prendeu o empresário Alison de Araújo Mesquita, de 43 anos, sob acusação de homicídio, enquanto ele comparecia ao velório de sua namorada, Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, em Divinópolis, Minas Gerais, na manhã da última segunda-feira (15). Inicialmente tida como um fatal acidente de trânsito, a morte de Henay foi reclassificada pela investigação policial como um feminicídio.
A vítima faleceu no domingo após o veículo em que estava colidir de frente com um ônibus na MG-050, em Itaúna. Alison havia inicialmente declarado à polícia que Henay estava ao volante e que teria sofrido um mal súbito pouco antes do forte impacto. Contudo, essa narrativa começou a ser desacreditada à medida que a investigação progrediu e as evidências fundamentais foram analisadas.
Reviravolta do caso
A investigação tomou um novo rumo após a análise de vídeos de uma praça de pedágio, gravados minutos antes do impacto. As imagens capturadas demonstraram que, apesar de Henay estar na posição do motorista, ela parecia estar inconsciente ou já falecida, enquanto Alison ocupava o assento do passageiro. O vídeo registra o empresário se inclinando para efetuar o pagamento da tarifa e realizando um movimento brusco no volante, ação que levantou suspeitas na atendente do local. Pouco tempo depois desse registro, o carro invadiu a pista contrária e colidiu.
Adicionalmente às gravações, a perícia encontrou discrepâncias entre os ferimentos da vítima e a forma como o acidente ocorreu, o que apoiou a teoria de que Henay já se encontrava morta ou desacordada. A polícia também coletou depoimentos e registros que apontam para um possível histórico de agressões domésticas, o que reforça a acusação de feminicídio.
Confissão durante velório
Diante das evidências apresentadas, Alison confessou ter cometido o assassinato da companheira, Henay, e admitiu ter encenado o acidente de carro em uma tentativa de encobrir o feminicídio. O empresário foi detido durante o velório da vítima, e o caso permanece em investigação pelas autoridades.