A chamada QUONA (QF), divulgada por meio de links com domínio estranho e sem qualquer site institucional oficial, passou a ser alvo de alertas após usuários identificarem indícios claros de pirâmide financeira com padrão operacional associado a golpes chineses já conhecidos no Brasil. A plataforma não apresenta empresa registrada, não possui CNPJ, não informa responsáveis legais e não mantém um site institucional funcional, operando apenas por meio de páginas de cadastro isoladas e aplicativos fechados.
Esse modelo, amplamente utilizado em esquemas fraudulentos de origem chinesa, já foi identificado em diversas fraudes recentes envolvendo falsas plataformas de investimento, mineração digital e rendimentos automáticos. Em comum, todas apresentam ausência total de transparência, controle centralizado dos saques e crescimento baseado em convite.
Estrutura em cadeia e domínio genérico seguem padrão de pirâmide chinesa
O acesso à QUONA (QF) exige cadastro com uso de código de convite. Esse mecanismo não é adotado por investimentos legítimos e é característico de pirâmides financeiras chinesas, nas quais o lucro prometido depende diretamente da entrada constante de novos participantes.
Outro ponto relevante é a inexistência de um site institucional real. A plataforma opera a partir de domínios genéricos e temporários, sem identidade empresarial clara, prática comum em golpes asiáticos que precisam trocar rapidamente de endereço para evitar bloqueios e denúncias. Não há explicação objetiva sobre qual ativo é negociado, onde o dinheiro é aplicado ou quem realiza a suposta gestão dos recursos.
Na prática, o usuário apenas transfere dinheiro para um sistema fechado, visualiza um saldo interno crescer e é incentivado a convidar outras pessoas, configurando o típico modelo de pirâmide financeira.

Controle absoluto do sistema e ausência de lastro reforçam alerta de golpe
Todo o funcionamento da QUONA (QF) ocorre fora de qualquer ambiente regulado. Não há corretora, não existem ordens de mercado, não há extratos auditáveis nem vínculo com instituições financeiras reconhecidas. O “lucro” exibido é apenas um número interno controlado pelo próprio sistema.
Especialistas em segurança digital apontam que esse tipo de estrutura é recorrente em golpes chineses disfarçados de investimento, nos quais o dinheiro dos novos participantes é usado para pagar retiradas iniciais, até que o fluxo diminua e os saques passem a ser bloqueados.
Além disso, a plataforma não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nem do Banco Central para operar no Brasil, o que inviabiliza qualquer alegação de investimento legítimo.
QUONA (QF) é golpe?
O alerta é claro: a QUONA (QF) apresenta características típicas de pirâmide financeira de origem chinesa, com alto risco de prejuízo total. A recomendação é não realizar depósitos, não divulgar códigos de convite e alertar outras pessoas. Esquemas desse tipo costumam sair do ar sem aviso, deixando vítimas sem qualquer possibilidade de recuperação do dinheiro.
É importante esclarecer que o nome QUONA (QF) utilizado pela falsa plataforma investigada não tem relação com a Quona Capital, gestora norte-americana de venture capital especializada em investimentos em fintechs. A Quona Capital é uma empresa legítima, sediada nos Estados Unidos, com atuação pública, portfólio conhecido, presença institucional sólida e investimentos em startups reguladas em diversos países.
Não há qualquer vínculo, parceria ou autorização entre a gestora norte-americana e a falsa plataforma que utiliza o nome QUONA (QF). Especialistas alertam que o uso de nomes semelhantes ao de empresas consolidadas é uma prática recorrente em esquemas de pirâmide financeira, justamente para gerar falsa sensação de credibilidade e confundir investidores menos atentos.
