O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar por um procedimento cirúrgico nos próximos dias, após constatação de problemas de saúde. Ele foi submetido a uma perícia médica, na qual foi identificada a necessidade da intervenção, tendo em vista que o quadro clínico se agravou nos últimos meses.
No laudo pericial assinado pela Polícia Federal, constata-se que Bolsonaro apresenta um quadro de “soluços incoercíveis”. Estima-se que o antigo chefe do Executivo registre de 30 a 40 soluços por minuto. O laudo foi assinado por quatro médicos da PF. Diante deste cenário, o ministro Alexandre de Moraes deu parecer positivo para que ele possa passar pela cirurgia.
“Notou-se que os episódios de soluços permaneceram durante todo o exame sem qualquer remissão ou melhora, com frequência de aproximadamente 30 a 40 episódios por minuto”, afirmam os médicos em um trecho do laudo.
Detalhes médicos
De acordo com os peritos, o fato de Bolsonaro amargar a intensificação dos soluços desencadeou uma pressão intra-abdominal, e consequentemente provocou o surgimento de hérnias inguinais bilaterais, que se localizam na região da virilha.
O laudo ainda aponta que Bolsonaro está passando por um quadro de refluxo e sinais de aspiração pulmonar, que estão desencadeando tosse crônica e interrupção de sono. A recomendação é que o procedimento cirúrgico seja realizado o mais breve possível, para diminuir o desgaste físico do ex-presidente, mas o ministro do STF pontua no parecer que o laudo classifica a cirurgia como eletiva, e não de urgência.
Pedido negado
Além de ter solicitado que Bolsonaro fosse submetido a um procedimento cirúrgico, a defesa do ex-presidente voltou a fazer uma petição para que o STF convertesse a prisão de regime fechado em regime domiciliar, dada a situação clínica do ex-presidente. O movimento, no entanto, foi descartado por Alexandre de Moraes.
O antigo chefe do Executivo nacional está detido na Superintendência da Polícia Federal de Brasília desde o dia 22 de novembro. Dias depois, ele teve a prisão preventiva convertida em regime fechado, dada a efetivação do processo de condenação dos 27 anos e três meses.
