O ex-presidente Jair Bolsonaro foi autorizado a passar por uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral, mas a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs restrições quanto às visitas durante o período de internação. O procedimento está marcado para quinta-feira (25), após internação prevista para quarta-feira (24).
Na decisão publicada nesta terça-feira (23), Moraes permitiu apenas que Michelle Bolsonaro acompanhe o ex-presidente no hospital. A defesa havia solicitado que os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro também fossem autorizados a acompanhá-lo como visitantes secundários, mas o pedido foi negado pelo ministro.
Cirurgia eletiva
A cirurgia foi classificada como eletiva pela equipe médica da Polícia Federal, o que significa que não se trata de um caso de urgência. Ainda assim, os peritos recomendaram que o procedimento fosse realizado o quanto antes, diante da piora progressiva do quadro clínico identificado durante a perícia.
O laudo médico apontou que Bolsonaro sofre de hérnia inguinal bilateral, condição caracterizada pelo deslocamento de tecidos internos do abdômen por um ponto de fragilidade da musculatura. Os especialistas avaliaram que o agravamento do problema pode estar relacionado ao aumento da pressão intra-abdominal, decorrente de crises de soluço e tosse crônica.
PF acompanhará Bolsonaro
Com a decisão, ficou definido que Bolsonaro poderá realizar o tratamento cirúrgico sob escolta e acompanhamento da Polícia Federal, respeitando as condições impostas pelo STF. A presença dos filhos no hospital, no entanto, seguirá vetada durante todo o período de internação e recuperação.
