O falecimento de Aruna Rodrigues, a segunda gêmea siamesa separada em Goiânia, foi comunicado pelo médico Zacharias Calil, responsável pela cirurgia que mobilizou o país.
Em uma publicação nas redes sociais, o cirurgião prestou homenagem à criança e à família. Aruna e Kiraz passaram pela cirurgia de separação no dia 10 de maio deste ano, após mais de um ano de planejamento médico.
A manifestação do médico após a morte da segunda gêmea siamesa de GO
“Deus resolveu aliviar o sofrimento da Aruna e a levou para perto de sua irmã Kiraz”, escreveu o médico, ao comunicar o falecimento da segunda gêmea siamesa, ocorrida na véspera de Natal. O procedimento, considerado de alta complexidade, durou cerca de 19 horas e contou com a atuação de 16 especialistas e uma equipe multidisciplinar de aproximadamente 50 profissionais.
As irmãs, naturais de Igaraçu do Tietê, em São Paulo, tinham um ano e seis meses de vida na época da operação e eram unidas pelo tórax, abdômen e bacia. Kiraz morreu poucos dias após a cirurgia, após a confirmação de morte encefálica. Aruna, por sua vez, permaneceu internada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, onde foi acompanhada de forma contínua. Segundo o hospital, a menina apresentou evolução clínica ao longo dos meses e chegou a ser transferida para a enfermaria em dezembro, após sinais de melhora.
Choque séptico causou a morte de Aruna
Aruna apresentou um agravamento no quadro de saúde, com complicações respiratórias severas. Ela foi reconduzida à UTI e diagnosticada com uma infecção viral. Apesar de todos os esforços da equipe médica, a criança não resistiu e morreu às 15h51 do dia 24 de dezembro, em decorrência de um choque séptico, encerrando uma trajetória marcada por luta, fé e comoção nacional.
