O segurança do Carrefour, acusado de agredir o cachorro, prestou depoimento na delegacia acompanhado de seu advogado. O rapaz foi indiciado pelo artigo 32 da Lei de Crimes ambientais, pela prática de ferir, maus-tratos, abuso e mutilação de animais. A pena prevista é de três meses a um ano de prisão, além de multa, que pode ser acrescida de até um terço devido a morte do animal.
Em conversa com o delegado, ele teria afirmado que está muito assustado com as proporções alcançadas pelo caso, que estaria arrependido e que não tinha intenção de provocar a morte do cachorro.
Após o depoimento, o segurança foi dispensado e responderá em liberdade, pois o crime é considerado de baixo potencial ofensivo.
A Secretária de Segurança Pública, em nota, declarou que o caso ainda será investigado. “Policiais analisam imagens de câmeras de segurança do local e colhem oitivas de testemunhas, como a veterinária do Centro de Zoonoses de Osasco, que atendeu o animal, e o segurança do estabelecimento, porém mais detalhes não podem ser passados para não atrapalhar as investigações.”
Defensor ferrenho da causa animal, o deputado estadual Fernando Capez (PSDB) esteve no Centro de Zoonoses de Osasco nesta quinta-feira (6), acompanhado pela ativista Luisa Mell.
No local, recebeu a informação de que o cachorro teria vomitado sangue durante todo o caminho entre o Carrefour e o Centro.
O deputado ainda teria afirmado que a forma com a qual a equipe da zooneses teria feito a captura do cachorro colaborou para adiantar a morte do animal. Segundo ele, foi utilizado um bastão com laço na ponta para envolver o pescoço do cachorro e constantemente eram dados trancos para conter o cão.