Os advogados de defesa do ex-presidente Lula entregaram, nesta quinta-feira (28), ao STF, o parecer técnico pericial feito pelo Instituto Del Picchia sobre a sentença da juíza Gabriela Hardt no caso do sítio de Atibaia.
A intenção da defesa é não deixar dúvidas a respeito da cópia que a juíza teria feito da sentença dada pelo seu colega e antigo titular da vara, Sergio Moro, que atualmente exerce as funções de ministro da justiça.
De acordo com publicação do jornal Folha de S. Paulo, o Instituto, sediado em São Paulo, teria apontado similaridades e até um trecho copiado, na penúltima página, em referência a um apartamento.
“A Sentença prolatada nos autos da ação penal nº 5021365-32.2017.4.04.7000 (sítio de Atibaia) foi produzida mediante aproveitamento do mesmo arquivo de texto que, anteriormente, fora criado para a R. Sentença do feito nº 5046512-94.2016.4.04.7000 (caso Triplex)”, afirma o parecer dos peritos.
Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão, no último dia 6, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia.
Em julho de 2018, o ex-presidente já havia sido julgado culpado por Sérgio Moro sob as mesmas acusações, mas no caso envolvendo um triplex no Guarujá, em São Paulo.
A equipe responsável pelas mídias de Lula usou o Twitter para afirmar que a sentença foi dada usando o mesmo arquivo de Sergio Moro; e sugeriu ainda que o atual Ministro da Justiça possa ter sido responsável por escrever a nova condenação.
Sentença cheia de erros usou o mesmo arquivo de Moro.
E tem vários erros como considerar o mesmo delator duas vezes, uma pelo nome, outra pelo apelido.
Quem realmente escreveu essa sentença? Moro de novo? #timeLulahttps://t.co/8ebHoP198A— Lula 13 (@LulaOficial) February 26, 2019
De acordo com a mesma postagem, a decisão pela condenação de Lula “tem vários erros, como considerar o mesmo delator duas vezes: uma pelo nome, outra pelo apelido”.