Pressionado, o presidente Jair Bolsonaro decidiu jogar duro no jogo para a aprovação da reforma da Previdência. Neste sábado (9), Bolsonaro deu autorização para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, organize e encaminhe a ele pedidos de nomeações de deputados para o segundo escalão do governo nos Estados. A prática é legítima e comum a todos os governos.
Durante uma conversa informal no Palácio da Alvorada, a única exigência feita pelo presidente Bolsonaro é de que os indicados para as nomeações tenham uma boa reputação.
No encontro, Bolsonaro declarou que irá, pessoalmente, liderar os esforços do Executivo e Legislativo em favor da reforma e demonstrou preocupação com as dificuldades que a proposta irá enfrentar. Maia o tranquilizou.
Este seria o primeiro encontro de Bolsonaro com Rodrigo Maia para discutir articulações políticas e ações de motivação para partidos da base aliada e de siglas que, embora não pertençam a base, declaram apoio à proposta de Reforma da Previdência.
No mesmo dia, Maia recebeu a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann, em sua residência oficial. Os dois cogitaram nomes para os cargos e também discutiram para uma conversa direta com Bolsonaro, a partir desta semana.
Para Rodrigo Maia, fará uma grande diferença para os deputados o fato do presidente recebê-los. Segundo ele, isso faz parte da boa política.
No cronograma, será votada primeiro a reforma geral da Previdência e, posteriormente, será analisada uma proposta específica para as forças Armadas. Como Bolsonaro fez questão de deixar claro neste sábado para o presidente da Câmara, os militares também darão sua cota de sacrifício.