O massacre ocorrido na escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, aqueceu o debate a respeito da facilitação para obtenção de armas no Brasil. Políticos contrários e favoráveis à revogação do estatuto do desarmamento travam uma verdadeira guerra de ideais para definir o futuro da lei que rege o comércio de armas em território brasileiro.
No dia em que um adolescente de 17 anos e um homem de 25 invadiram a escola em Suzano e abriram fogo contra funcionários e alunos, deixando pelo caminho 8 mortos e vários feridos, o presidente Jair Bolsonaro, favorável à revogação do estatuto, anunciou que está providenciando um projeto que será direcionado à Câmara dos deputados para facilitar o porte de armas pela população.
Segundo Bolsonaro, a lei que dita as regras acerca do porte de armas não deveria ser tão dura. O presidente não deu maiores detalhes sobre o que diz o texto que pretende encaminhar para a apreciação do Congresso.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, a declaração foi feita em um encontro com jornalistas pouco antes da notícia da tragédia em Suzano ser difundida pela imprensa.
No mesmo encontro, o presidente afirmou que dorme com uma arma próximo de sua cama pois teme pela sua vida e a vida de sua família, apesar da mobilização de um forte esquema para sua segurança no Palácio da Alvorasa.
Em janeiro, seu primeiro mês de governo, uma das primeiras medidas tomadas por Bolsonaro, em cumprimento a uma promessa de campanha, foi a assinatura de um decreto que flexibilizou a posse de armas pela população.