A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do imunizante de Oxford, Sarah Gilbert, participou de um evento científico no Reino Unido, onde afirmou que, possivelmente, a próxima pandemia a ser enfrentada pela humanidade seja do vírus Nipah.
Com uma taxa de mortalidade consideravelmente alta, 50%, o Nipah é transmitido aos humanos através do contato com suínos infectados ou até mesmo frutas contaminadas pelo contato com urina e fezes dos morcegos.
Após infectado, o indivíduo notará sintomas como febre, dor de cabeça e dificuldades para respirar, além de outras implicações no sistema respiratório. Além disso, após os sintomas iniciais, o paciente pode vir a evoluir para um quadro de edema cerebral, que nada mais é do que o inchaço do órgão, que pode levar ao coma ou, nos casos mais graves, à morte.
De acordo com Sarah, caso aconteça do Nipah evoluir a ponto de se disseminar com maior eficácia, como foi o caso do coronavírus, ele pode vir a causar uma nova pandemia, porém, muito mais mortal que a vista de 2019 até os dias de hoje, com o Sars-CoV-2.
Além disso, a especialista ressalta que, até o momento, não existe uma vacina que ofereça imunização contra o Nipah, tendo em vista que todas as pesquisas de imunizantes foram cessadas para concentrar os esforços em prol de uma vacina para o novo coronavírus.
Atualmente, o Nipah ocupa o topo das prioridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o desenvolvimento de vacinas. O último surto do vírus que se tem conhecimento ocorreu ainda este ano, na Índia, ocasionando o óbito de uma jovem de 12 anos de idade.