Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (08), em Parnaíba, litoral do Piauí, após ser apontado como o principal suspeito de envenenar e matar quatro pessoas de sua própria família. De acordo com o delegado Abimael Silva, o homem forneceu diferentes versões sobre o ocorrido, contradizendo-se em mais de três ocasiões.
A investigação inicial indica que, no réveillon, Francisco teria envenenado um prato de baião de dois, utilizando terbufós, também conhecido como “chumbinho”, substância tóxica comum em venenos para roedores. O caso está sendo investigado e novas informações devem ser apuradas nos próximos dias.
Padrastro é suspeito de envenenar comida que matou 4 pessoas
Um caso trágico de envenenamento resultou na morte de quatro pessoas, entre elas dois enteados, Francisca Maria da Silva e Manoel Leandro da Silva, além de duas crianças, com idades de 1 ano e 8 meses e 3 anos. Uma menina de 4 anos, que também foi afetada, permanece internada em estado grave. Enquanto isso, outras vítimas, incluindo o próprio suspeito do crime, receberam alta após o tratamento.
Em uma coletiva realizada na manhã de hoje, o delegado compartilhou informações sobre as discrepâncias nas versões apresentadas por Francisco, padrasto das vítimas, sobre os acontecimentos que levaram ao envenenamento. A família havia preparado um jantar na virada do dia 31 de dezembro, mas os primeiros casos de mal-estar ocorreram apenas no dia 1º de janeiro.
Suspeito de crime de envenenamento se contradiz em depoimento
Em seu primeiro depoimento, Francisco afirmou que não havia se aproximado da panela com o alimento, mas, em declarações subsequentes, contradisse essa versão ao afirmar que tocou na panela. Além disso, ele alegou não ter orientado ninguém a mexer no baião de dois, uma informação que também diverge dos depoimentos de outros envolvidos.
Relação conturbada com enteada pode ter motivado crime
A Polícia Civil está investigando a motivação por trás do crime, que parece estar relacionada ao difícil relacionamento entre o suspeito e sua enteada, Francisca. Durante um depoimento de mais de duas horas, Francisco revelou sentimentos de profundo desprezo pela jovem. Ele descreveu Francisca de forma extremamente negativa, acusando-a de ser preguiçosa e inútil, além de criticá-la por suas escolhas pessoais. “Ele se referia a ela como ‘uma criatura com mente tola, matuta, morta de preguiça, não serve para nada'”, disse o delegado.