Nesta sexta-feira (22), soldados do exército venezuelano de Maduro abriram fogo contra civis na fronteira sul da Venezuela com o território Brasileiro, segundo informações do jornal norte-americano, Washington Post, ação resultou em duas pessoas mortas e ao menos 22 feridas.
O grupo, que tentava bloquear a passagem de um comboio do exército venezuelano, foi recebido a tiros pelos militares, apoiadores do regime de Nicolas Maduro. O acontecimento teria sido registrado às 6h30 da manhã ,no horário da Venezuela. Além dos 22 feridos, uma das pessoas que vieram a óbito já foi identificada. Seu nome é Zorayda Rodrigues, de 42 anos.
Os tiros foram efetuados próximo de uma comunidade indígena, na vila de Kumarakapai, nas proximidades da estrada que une o sul da Venezuela ao Brasil. Após o tiroteio, dezenas de moradores saíram às ruas. Jorge Perez, vereador venezuelano, estava no local e pôs em questão a atitude tomada pelos militares. “É constitucional as forças armadas dispararem contra indígenas desarmados?”, disse.
A ação polêmica dos militares venezuelanos vem logo após Nicolas Madura fechar as fronteiras do país para impedir a ajuda humanitária oferecida pelo Brasil e Estados Unidos, vista por Maduro como uma ofensa.
JUAN GUAIDÓ SE PRONUNCIOU SOBRE O OCORRIDO
O autodeclarado presidente interino da Venezuela e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, usou sua conta na rede social Twitter para fazer comentários sobre o acontecido. Juan classificou o caso como “crime” e pediu que os militares entreguem os autores dos disparos contra os civis.