Até o momento, dez pessoas foram mortas e outras 17 ficaram feridas após o atentado a tiros na Escola Estadual Raul Brasil, na manhã desta quarta-feira (13).
Os atiradores teriam tirado a própria vida após o crime. Oito pessoas, sendo duas funcionárias da escola, cinco estudantes e o tio de um dos criminosos foram as outras vítimas do atentado arquitetado pela dupla.
O massacre trouxe de volta a discussão a respeito da lei que regula a compra, venda, posse e porte de armamentos dentro do território brasileiro. Lei que é duramente criticada pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PSL)
O estatuto do desarmamento foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e endureceu as exigências para que um cidadão comum tenha acesso às armas.
Enquanto parte da população é adepta ao pensamento de Bolsonaro de que é direito do povo ter acesso aos armamentos, outra parte se mostra contrária a essa ideia e defende a tese de que, com mais armas nas ruas, mais situações como a de Suzano serão registradas.
É do conhecimento de todos que uma das principais promessas de campanha de Jair Bolsonaro era a luta pela revogação do estatuto do desarmamento. No início de seu governo, o presidente chegou, inclusive, a assinar um decreto que ampliou a relação de pessoas que podem se habilitar para ter uma arma de fogo em casa; e facilitou a comprovação de necessidade para manter o objeto em casa.
Major Olimpio, aliado de Bolsonaro, chegou a dizer que: “Se tivesse um cidadão com arma regular dentro da escola, professor, servente, um policial militar aposentado, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia. Vamos, sem hipocrisia, chorar os mortos e discutir a legislação, e onde estamos sendo omissos”.
Embora muito presente nas redes sociais, até às 16h, o presidente Jair Bolsonaro não havia se pronunciado a respeito do atentado ocorrido em Suzano. O acontecimento promete esquentar os diálogos sobre armas de fogo no Brasil.