Neste domingo (4), o Papa Francisco foi internado em Roma para realização de um procedimento cirúrgico para a correção de uma estenose intestinal.
A enfermidade trata-se do estreitamento total ou parcial do intestino grosso, o que leva a impedir que o conteúdo intestinal progrida através do órgão para ser expelido.
Existem dois fatores que podem ocasionar a estenose do intestino. Tumores são uma das causas. Os nódulos podem vir a se desenvolver a ponto de obstruir o órgão. Para estes casos, se faz necessária a realização de cirurgia para retirar a parte afetada.
Outro motivo são cicatrizações no intestino. Algumas inflamações podem levar à retração da parede intestinal quando cicatrizam e, consequentemente, levar ao fechamento do tubo por onde o conteúdo fecal passa até ser expelido. Algumas doenças, como retocolite ulcerativa, a colite por radioterapia e outras infecções do intestino podem dar início a esse processo.
Em determinados casos, a estenose é tão agressiva que se torna impossível fazer com que os instrumentos de dilatação passem pelo canal intestinal. Para estes casos é realizada a estenoplastia.
Está cirurgia consiste em pequenos cortes realizados no local afetado pela estenose. Tais cortes auxiliam na abertura do canal e facilitam a passagem dos dilatadores. Quando este procedimento não se mostra efetivo, é realizado então outro tratamento cirúrgico, a colectomia parcial, onde a área afetada é removida.
Até o momento não se sabe o que levou Francisco a desenvolver a estenose, uma vez que o comunicado emitido pela Igreja Católica não deu maiores detalhes sobre o estado de saúde do pontífice e nem mesmo o horário em que a cirurgia será realizada.