Uma aula de anatomia do corpo humano mexeu e muito com o emocional do estudante de medicina Enya Egbe, de 26 anos de idade. O jovem passou por momentos de grande perturbação ao acabar reconhecendo um dos corpos que serviriam como objeto de estudo durante aquela aula.
A reação de Enya não foi apenas de um jovem estudante de medicina iniciante. Durante aquela tarde, na aula de anatomia do curso de medicina da Universidade de Calabar, na Nigéria, ele e outros alunos estavam em torno de três mesas, cada uma com um corpo.
Ao se aproximar da mesa onde passaria a tarde estudando, a reação não poderia ser outra. Enya gritou e correu para fora da sala ao reconhecer o corpo que dentro de alguns minutos seria dissecado por ele como sendo de seu amigo, Divine.
“Costumávamos ir a clubes juntos”, disse Enya. “Tinha dois buracos de bala no lado direito do peito dele”, acrescentou.
Dentre os muitos alunos que foram atrás do rapaz após o ocorrido e o encontraram chorando está Oyifo Ana, que revelou que grande parte dos cadáveres utilizados para estudos na universidade apresentavam perfurações por arma de fogo.
“Eu me senti muito mal quando percebi que algumas daquelas pessoas poderiam não ser criminosos de verdade“, disse o rapaz, companheiro de turma de Enya.
Oyifo relembrou que em uma manhã viu uma van da polícia local descarregar corpos cobertos de sangue na escola de Medicina, que possui um necrotério próprio para armazenar os cadáveres.
Após o ocorrido, Egbe procurou a família de seu amigo Divide que, ao que tudo indica, já haviam procurado diversas delegacias em busca de informações após ele e mais três amigos serem presos no momento em que retornavam de uma festa.
Após serem informados por Enya acerca do paradeiro de Divine, a família do rapaz conseguiu recuperar o corpo do jovem.