Uma adolescente chamada Sarah Frank é mais uma dentre os milhões de usuários do Tik Tok. O que a jovem americana não esperava é que sua publicação fosse se tornar tão viral e influente a ponto de interromper cerca de 4.600 pesquisas científicas.
Do seu quarto, a influencer gravou um vídeo onde aparece ensinando outros jovens a conseguir dinheiro pela internet. Dentre as recomendações da jovem estava o Prolific, uma ferramenta onde os usuários recebem dinheiro para responderem as mais diversas pesquisas.
Embora pareça uma simples e inocente ferramenta para ganhar um trocado, o Prolific é utilizado por cientistas que realizam estudos comportamentais e, após seu lançamento, passou a ser considerado uma revolução nos mais diversos campos de pesquisa.
Cerca de um mês após a publicação, o vídeo onde a jovem cita a ferramenta já acumula mais de 4,1 milhões de visualizações e foi o responsável por uma enxurrada de novos usuários para o Prolific. A onda de novos usuários, em sua grande maioria mulheres na faixa de 21 anos, gerou uma enorme confusão para a ferramenta de pesquisas.
“Notamos um grande salto no número de participantes na plataforma dos EUA, de 40 mil para 80 mil. O que é ótimo, no entanto, agora muitos de nossos estudos têm uma distorção de gênero, em que talvez 85% dos participantes são mulheres. Além disso, a média de idade está em torno de 21″, afirmou um membro do Stanford Behavioral Laboratory.
Com as distorções provocadas pelos novos usuários, cerca de 4.600 estudos foram interrompidos. A maioria, de acordo com Phelim Bradley, cofundador da Prolific, deve ser passível de recuperação.
Um mês após a publicação do vídeo, a Prolific reembolsou donos de pesquisas que acabaram sendo afetados e adicionou uma nova ferramenta de triagem demográfica.