Manifestantes se reuniram com cartazes nas mãos e gritando palavras de ordem em uma escola da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O protesto tinha como objetivo pleitear melhorias para a classe, porém, não uma classe de trabalhadores, mas sim uma classe de estudantes.
A melhoria reivindicada? Um aumento na carga horária do recreio. Isso mesmo. A manifestação ao estilo Diretas Já foi composta por alunos com idade entre oito e nove anos de idade inconformados com o tempo previsto para o recreio.
O movimento foi idealizado por Cecília e Luisa, que tiveram a ideia de organizar o manifesto após aprenderem durante a aula de português o quanto os cartazes podem ser bons para a comunicação. E a estratégia deu certo. Foi apenas questão de tempo para que os cartazes viralizassem nas redes sociais.
“Ela e a melhor amiga dela tiveram a ideia de fazer cartazes para reivindicar aumento do recreio”, disse Sabrina, mãe de Cecília, que embora tenha preferido não dar o nome completo, se mostrou orgulhosa com a iniciativa da filha em correr atrás de melhorias para sua classe.
Embora pareça exagero, a manifestação das crianças visa recuperar direitos. Por conta da pandemia, o tempo destinado às brincadeiras do recreio foi reduzido. Anteriormente, os alunos contavam com 30 minutos para lanchar e brincar, agora, não mais que 15 minutos são dispensados para brincar no pátio e outros 15 para lanchar dentro de sala de aula, o que levou as crianças a reivindicarem a carga horária anteriormente disponibilizada.
Se a manifestação deu certo? Muito. Mesmo não sendo possível estender o tempo de recreio todos os dias, foi decidido em uma assembleia, onde se reuniram pais e representantes da escola, que o tempo para brincar no pátio será ampliado em três dias da semana, de forma que todas as turmas possam usufruir do benefício.